terça-feira, 18 de junho de 2013

DEITADA NESTE CIPRESTE


Deitada neste cipreste que é a vida,
Durmo aconchegada pelo sol.
Sol de janelas abertas de par em par,
De persianas encobertas
E de curtinas bordadas a espuma-mar.

Durmo de olhos abertos,
Irrequietos desta fragância que se adivinha
Pendurada no anzol da maré.
Espero que o tempo adormeça
E o mundo perca a cabeça no cheiro
Encontrado da maresia.


Dinah Raphaellus

Nenhum comentário: