quarta-feira, 24 de junho de 2009

A SEDE DA ROSA







Toda a noite a rosa
Chorou lágrimas de sede.
No quadro mundo
Dum pintor cego.

Toda a noite a rosa
Enxugou seca
Os resíduos d’orvalho
Como quem segue
Um atalho de furor lerdo.
Toda a noite a rosa
Gemeu e rezou,
Virada a Norte
A um Deus Grego.
Toda a noite a rosa
Sorriu e amou...
O pardo luar
Da manhã cedo!!!



Dinah Raphaellus

sexta-feira, 19 de junho de 2009

MONTANHAS DE NADA




Escalo montanhas de nada
Para mergulhar em Oceanos
de coisa nenhuma.
Risco a luz do Sol
Com lapis de bruma
E sonho com o mar
Verde sem par
A ser parido
Por uma duna!!!

Dinah Raphaellus

quarta-feira, 17 de junho de 2009

SOU COMO SOU




Que o mundo entre em festa
Batam testos ou tambores
Para mim não importa,
Não são dissabores.
E sabem porquê?
Porque eu não sou esta,
Mas sim a outra...
que nínguem vê.
Sim sou e com orgulho
Nos olhos e na boca.
Com vaidade e comoção
Não sou lambe-cús,
Falsa, bajuladora...
De sufisma sempre na mão!
Sou qual aguia, voando
pelo Ceu afora,
sou palavra, liberdade
no Ceu na terra...
onde me pecam a verdade,
La' estarei qual fera.
Sou o que sou e não me importa
Gritem os Deuses...
O Demo que feche a porta...
Sou o que sou e não deixarei
De o ser ...mesmo quando morta!!!

Dinah Raphaellus