sexta-feira, 29 de junho de 2007

DIMENSĂO






Sou eco do nada
D’um abismo que não existe
Sou tudo e nada
Semente apaixonada e triste
Muito longe do teu saber
Pedra lapidada
Que em bruto seria teu querer
E é numa exótica flor
que não possuis, o meu lamento;
de querer-me
erva daninha do vento,
condenada a viver.
No espelho do tempo
contemplo meu corpo.
Energia onde bordo,
este rio de lágrimas,
que vestirei quando perecer.
Ao mar confiarei:
-Que lindo é meu estro,
Liberto de morrer!!!

Dinah Raphaellus

Um comentário:

james emanuel de albuquerque disse...

"No espelho do tempo
contemplo meu corpo.
Energia onde bordo,
este rio de lágrimas,
que vestirei quando perecer."

Lindo.

Um abraço.