terça-feira, 3 de agosto de 2010

OIÇO O MARULHAR


Oiço o marulhar das ondas
Do silêncio e a ausência do cheiro
Maresia invade-me as narinas do vento
Que algures, feito prisioneiro no tempo,
Demora à memória chegar.
Espero num fumo de incenso por esse
Sentimento denso qual língua de mar,
À lua pálida, mastro velas a naufragar...
Acordo... perdida em vielas,
Qual mendiga onde arrasto
Este fardo que é sonhar.

Dinah Raphaellus

Um comentário:

NAMIBIANO FERREIRA disse...

O mar, sim o mar sou eu salgado beijo sofregamente ávido de te beijar!
Também eu consigo ouvir o marulhar do silencio...
Lindo este poema, este arrastar pelas vielas deste fardo que é sonhar...Obrigado!
Bjs