segunda-feira, 19 de abril de 2010

BRUMAS


Brumas, brumas de claridades roxas iluminam
o palco desta minha desperdiçada vida
tão intensa de desejo de ser concretamente vivida,
tão curta de tempo e tão consumida!
Quero ser Eu! realizado ser! Em vez da sombra, ténue
silhueta, espírito astral enclausurado entre dois mundos
sem saber sequer qual deles é o real.
Quero voar, asas abertas ao vento da vida
e não abraço fetal de despedida com vontade
de ser espuma mar. Quero alto sonhar, sem sentir culpas
nem penas, sonhar por uma vez sem catapultas ou arenas
sonhar, viver antes que meus olhos se fechem e meu estro queira
desenfreado correr, correr, correr....

By Dinah Raphaellus

2 comentários:

sevejocosilva disse...

Procure soprar com força e afastar toda esssa bruma. Sei que pode. Quem é capaz de escrever como você escreve, deve saber soprar.
E quando - finalmente - conseguir dissipar toda essa névoa...
Viva, e viva muito.
A vida é muito breve, não pode ser desperdiçada.
Viva, e viva muito.
Com saúde, alegria e paz...
P.S.:
A música que oferece é pura poesia, e das boas...
Ah! quando me visitar, me faça saber que lá esteve.
grato,
severino coutinho

sevejocosilva disse...

Voltei para, pelo menos, ouvir a música que aqui existia.
Constato, tristemente, que até a música, se foi.