Preferia a textura doce do tempo
Ameno à amarga bebida impura
Qual veneno invernal que nos dilacera,
Mutila qual morte escondida
Na esquina da espera, que astuta
Nos assalta faminta e nos devora
Com requinte de quimera, gárgola
Ou fera que brincando domina
A passagem ou era e como uma tinta
Nos apaga e ludibria, deixamos então
De pertencer à paisagem e o luar
Já não nos espera, só a noite escura
Nosso corpo ausente venera
Nas lágrimas saudosas da chuva
Perdida no esquecimento desértico
Do tremeluzir de uma miragem
Mas, o que é esta vida senão uma passagem?
Dinah Raphaellus
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
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5 comentários:
Uma passagem que devemos aproveitar.
Mesmo na escuridão e nas lágrimas do viver.
Temos que nos sobreelevar.
Também costumo pensar que a vida é uma missão com sentido alto de oculta indagação.Sabe por que leio o que você escreve?Estimula meu pensar.Abraços,Bergilde
Olá Dinah, tive muito prazer em conhecer o seu blog, através de Namibiano Ferreira. Seus poemas me tocaram profundamente! Gostaria que
me permitisse publicar alguns deles
num futuro próximo, em meu blog.
Obrigada por nos proporcionar alguns momentos de sonhos.
Abraços
Muito lindo este poema...adorei.
sonhadora
Teus poemas são agradáveis, emocionantes e
interessantes. Parabéns! Muito sucesso!
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