quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

DECLAMEI AO MAR






Declamei minha poesia ao mar
Onde as ondinas carpiam
choros contentes, difusos e confusos
de palmas a contrastar.
Eu, eu encontrada num momento de mim
Chorei num riso, comovido, sentido
De cor carmim.
As conchas aconchegaram meus
pes cansados, e os olhos debotados
de tantas lagrimas cantar.
Na areia enchi-me de bordados, brocados,
Com fitas de seda a embelezar.
O vento, esse embalou-me os sonhos
E o meu fantasiar,
O mar, esse velho companheiro,
Aconchegou me na diaspora do tempo
Coroou-me quimera de mim
Fazendo-me duvidar do poema,
que senti e vivi...
Acordada a sonhar.


Dinah Raphaellus

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