segunda-feira, 2 de agosto de 2010
OLHOS DE MAR...
Olhos de mar caminham
Na multidão que sou
Com balões cheios de nada
Que o vento levou.
Solitário passa o tempo,
Trova de asfalto sedento
De murmúrios a bailar
Em solários de prata, unguento
Num só vestido tormento
De abraços despidos de consolar...
Algures numa cabana
Espero eu esta luz-chama
De olhos cegos estarrecidos a ver o mar...
Tão perto o cheiro lilás do pregão mudo
A chamar baixinho o perfume...
Perfume da brisa a passar.
Dinah Raphaellus
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2 comentários:
Às vezes, eu sou mesmo uma criatura de sorte. Descobri o seu talento ontem no blog da Cirandeira. Fiquei impressionada e ela me deu o seu endereço de blog. Vim aqui, vi que você não havia postado nada recentemente. E agora, hoje, um post. Vivaaaaaaaaaaaaa!
"Olhos de mar caminham na multidao que sou" isto é de arrepiar a alma, caramba!!!!
Ah! Essas místicas e incompreendidas multidoes que habitam os poetas fazem-nos escrever coisas muito belas, lindo!
Bjs
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