quarta-feira, 7 de outubro de 2009
AMBIGUIDADE
Desafiavas-me escondido por detras das virgulas
E rias, rias iludido que nas reticencias frivolas
Arranjavas abrigo, um lar amigo para nossas demencias
Ahahahah...como os nossos risos cresciam...
Baloes de primaveras no outono de nossas vidas
Unguentos miraculosos sarando nossas feridas
Nao...nao falo de quimeras, mas sim das longas esperas
Com que perpetuamos os sentidos, reais e vividos
Nas rimas pintamos feras, e moldamos de barro
Muitas prosas, sonetos feitos duetos, laranjais frescos
De perfume indigo...dos sons fizemos esferas,
Bancos de jardins bebendo opios de trigo.
Nas muralhas das odes...lindos arcos arabescos
Arquitetura debruada a linho...
na ambiguidade da poesia...a fragancia de lilas e pinho!!!
Dinah Raphaellus
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
FADO
Ao longe... ouve-se um fado
Que gemendo num lamúrio
Condenado
Desce à Mouraria, atravessa Lisboa
Vestindo capa negra,
Viajando à toa
Amando a guitarra
Dedilhando a Madragoa
Segue cigano sem destino
Sempre com ar triste
No entanto ladino
A quem a todos e ninguém amava
Eis pois o retrato
Do fado errante
Que um dia me bateu à porta
Noite dentro, hora morta
Todo galante o safado
Abri-lhe a porta... entrou,
Para sempre...ficou,
O grande malvado?!!
Dinah Raphaellus
Que gemendo num lamúrio
Condenado
Desce à Mouraria, atravessa Lisboa
Vestindo capa negra,
Viajando à toa
Amando a guitarra
Dedilhando a Madragoa
Segue cigano sem destino
Sempre com ar triste
No entanto ladino
A quem a todos e ninguém amava
Eis pois o retrato
Do fado errante
Que um dia me bateu à porta
Noite dentro, hora morta
Todo galante o safado
Abri-lhe a porta... entrou,
Para sempre...ficou,
O grande malvado?!!
Dinah Raphaellus
domingo, 4 de outubro de 2009
MEU CORPO UM LIVRO
Meu corpo um livro de poesia,
Onde tu les os poemas
Declamados em silencio
Por minha pele.
Teu corpo uma epopoeia,
onde minha boca se sacia
ao resgatar estrofes,
com sabor a mel.
E na beleza da metrica perfeita
Nossos corpos bailando
ao som das rimas
Cristalina e poetica,
Exalando odores dourados
De primaveras outonais.
Numa lirica rica e fluida.
Onde tu barco eu ondina,
nos amamos pelos caudais dos rios...
Quiça sonhos astrais!
Dinah Raphaellus
AMOR DAS ROSAS
Imenso foi um dia o horizonte de rosas raras,
Daquelas que só dão flor nas manhãs claras de Janeiro
E que bebendo a sombra dum céu soalheiro se deitam
Entristecidas no restícios coloridos, de tons cinza-lilás.
Enquanto no forum da vida, senhores instruidos
debatem, contradizem-se e vereditam
Que nem as rosas por amor voltam atrás.
Dinah Raphaellus
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