domingo, 27 de maio de 2007

NOS


Esse suave ondular,
das ondas
Dos teus olhos, embalam-me,
a alma
E o andar de folhos
no nosso amar.
Preenchem minha calma,
Sugerem o mar,
onde sou ondina,menina
na areia
branca a brincar.
E tu castelo de espuma,
abres tuas portas
para meus sonhos guardar.
ao longe,
ouço o perfume do luar,
esconder-se
na bruma do teu,
do meu,
nosso amar.

BEM VINDOS

clock

sexta-feira, 25 de maio de 2007

quarta-feira, 23 de maio de 2007

QUIS DEUS


Quis Deus qu’eu fosse
Essa enrrugada velhinha,
Descoroada rainha,
Vestida de noite manto.
Sem ceptro, castelo,
Apenas pranto.
Quis Ele qu’eu fosse,
Essa que todas as dores
do mundo padece e sente
E que delas guardasse,
Em cálice d’ouro,
Suas lágrimas como presente.
Mas Deus meu que penar,
Tanta dor insana.
Perante tanto choro,
Abro minhas asas,
Só quero voar.
Aconchegar-me no ventre Céu
Vestida de esquecimento,
desressuscitar minh’alma
Voltar para o meu nirvana,
dar de beber a dor, calma
com esse unguento.
De nunca mais voltar.

QUERO



















Quero cantar

Os poemas do vento norte.

Bailar com as musas do poeta.

Quero, quero ser

Essa folha de rascunho

Que te dá alento.

Quero ser essa palavra forte.

Quero ser métrica certa

D’uma qualquer estrofe.

Quero ser bela prosa

D’um livro a nascer.

Página nunca morta,

Que nunca paras de ler.





By Dinah Raphaellus

domingo, 20 de maio de 2007


Softly waving at me
Your soul’s perfume
Passes by
And holding my shadow
Drags me whistling sand sea
Undresses a salted tears frock
And sadly happy,
Loves me.
Then I happily sad,
Do nothing.
Quite I wait for de sunset
That will let me go free.


Ah que vontade de atirar-me,
Ás águas transfiguradas,
Do Oceano num mes
de Inverno cavernoso.
Atirar-me as águas,
D’um verde já adulterado
E dizer-me filha de Neptuno.
Precipitar-me no precipicio,
Precipitado do Infinito.
Vaguear nua, pela nudez da lua
E cavalgando a noite
De manto liláz
Descer á terra, provocando
A luminusidade intensa do crepúsculo
Em sexos estrangulados.
Cair na vulgaridade de ser Deusa
E voltar ao infinito...
Nua, vestida de carmim lilaz.

sábado, 12 de maio de 2007

LUTO





















Luto num constante lutar
E por vezes de luto,
Ainda tenho que lutar.
vestida de profundo negro
luto sem cessar.
E apesar de tudo,
finjo que luto euforicamente;
Mas essa minha euforia em lutar
E pura e simplesmente
o luto da minh’alma,
o triste do meu penar.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

QUANDO MORRER



Quando morrer
quero qu’o vento
cante nos seus
tons mais graves
um roxo requiem.
Que o mundo vista
todo de branco,
dançando o ondular
dos lirios do campo
ao seu ritmo.
Quando morrer,
quero que forte chuva,
caia e bafeje de sorte
toda a terra.
Quando morrer
quero q’um odor
a rosas brancas exale
em todo o universo.
Quero qu’a chuva pare
e o sol eclipse como num verso
brilhando resplandecente,
na escuridão
e do seu reflexo milhões
rosas brotem arco-iris,
em todas as direcções.
Quando morrer
que o mundo entre em festa
e que encerre em si,
todas as minhas recordação!


Perder-me embrigada,
nesse transe opíesco,
de fragancias espirituais.
Em cores de qualquer fresco,
em templos sem vitrais.
Ah como é fervorosa
a oracção que adivinho sem saber.
Comovida ofereço branca rosa,
a um Deus que venero sem conhecer.
Que religião é a minha?
Ah, quem me dera saber.
Beber em calice esse mar vazío.
Colher em cesto de vime
o perfume da razão,
do meu viver.

LENDA DAS SETE CIDADES





Conta a lenda que o arquipélago dos Açores é o que hoje resta de uma ilha maravilhosa e estranha onde vivia um rei possuidor de um grande tesouro e uma imensa tristeza por não ter um filho que lhe sucedesse no trono. Esta dor tornava-o amargo com a sua rainha estéril e cruel com o seu povo. Mas uma noite perante os seus olhos desceu uma estrela muito brilhante dos céus que aos poucos se foi materializando numa mulher de beleza irreal envolta em luz prateada. Com uma voz que mais parecia música essa mulher prometeu-lhe uma filha bela como o sol sob a condição que o rei expiasse a sua crueldade e injustiça através da paciência. O rei teria que construir um palácio rodeado por sete cidades cercadas por muralhas de bronze que ninguém poderia transpor. A princesinha ficaria aí guardada durante trinta anos longe dos olhos e do carinho do rei. O rei aceitou o desafio. Decorreram 28 anos e com eles cresceram a impaciência e o sofrimento do rei, que um dia não aguentou mais. Apesar de ter sido avisado que morreria e que o seu reino seria destruído, o rei dirigiu-se às muralhas, desembainhou a espada e nelas descarregou a sua fúria. A terra estremeceu num ruído terrível e das suas entranhas saíram línguas de fogo enquanto que o mar se levantou sobre a terra e a engoliu. No fim de tudo, restaram apenas as nove ilhas dos Açores e o palácio da princesa, transformado agora na Lagoa das Sete Cidades dividida em duas lagoas: uma verde como o vestido da princesa e a outra azul da cor dos seus sapatos.

quarta-feira, 9 de maio de 2007







My soul whispering
Lilac water lilies,
Wonders…
Badly everywhere
Craving passion,
excitement and desire.
A drop of life like,
thunders or waves fight
and in golden sand
falls asleep,
tired of rows, let her rest.
where sea and sky together meet.

musicas para sempre






music for your soul

terça-feira, 8 de maio de 2007

Enya music






O prazer de ouvir uma voz angelical.

MENSAGEM



MENSAGEM


Sinto no ar a lãnguidez do tempo,
Em que passas-te e eu não vi.
Sinto no ar a tua ternura,
E no entanto não a compreendi.
Vejo-te p’ra lá das nuvens,
Sem te poder alcanҫar.
Mas vejo-me p’entre as algas do mar
Entre as sete cores do arco-iris,
No laranja dourado do sol,
No negérrimo da noite e da morte.
Atravesso o rio com Caronte,
Encontro-te por fim.
Oh raio de luz intensa,
Como é grande o amor por ti.
Este desejo de te encontrar viva.....
Com a tristeza de saber,
Que p’ra sempre te perdi.
Consola-me p’lo menos nos sonhos,
Beija-me como em crianҫa.
Mata-me esta sede
De contigo estar.
Dá-me alento e esperanҫa...
Oh Mãe... Amo-te tanto!
Estarás sempre, sempre comigo!!!


Canta a noite em sua voz,
Melodiosa cheia de medos,
Que me envolvem em sua velopia.
Canta a noite seu choro,
Melancolico de solidão.
É sua bandeira feita,
de maquiavélica ilusão.
Seu manto negro,
é sua mui querida naҫão.
Em singelo sussurro,
Oferece-me o convite,
P’ra viver com ela.
Canto eu então um choro,
Sufocado d’alma sofrida,
Por a noite nunca ter,
Notado que com ela vivi,
Toda a minha vida.

AMOR CARMIM
















Ah! se tu viesses cobrir-me
De palavras nuas,
num campo de papoilas.
Eu vestiria luar,
Calҫaria estrelas.
Voando em teu corpo veloz,
Bebendo teu desejo descarado.
E seria em calmo prado,
Que te ouviria,
um lamento exalar:
meu amor não me deixes parado,
sacia-me esta fome de amor,
porque o desejo,
há muito condenado,
condena-nos em seu fervor;
de ser desejo enganado,
vestido de Carmim meu Amor!

segunda-feira, 7 de maio de 2007

UMA LENDA DA AMAZONIA




Lenda do Açaí


Há muito tempo, quando ainda não existia a cidade de Belém, vivia neste local uma numerosa tribo indígena.
Nesta época os alimentos eram escassos e por este motivo o cacique tomou uma decisão muito cruel: resolveu que todas as crianças que nascessem a partir daquela data, seriam necessariamente sacrificadas, uma vez que não haveria alimentos suficiente para todos.
Entretanto, Iaça, filha do cacique, acidentalmente deu à luz a um menino o qual não foi poupado da cruel decisão de seu avô. A Índia chorava todas as noites com saudades de seu filhinho, até que em uma noite de lua cheia, o choro de uma criança a atraíu ao pé de uma esbelta palmeira. Lá seu filho a esperavade braços abertos. Radiante de alegria, Iaça correu para abraça-lo, mas quando o fez fortemente, a criança misteriosamente desapareceu! No dia seguinte, a moça foi encontrada morta, abraçada ao tronco da palmeira. Seu rosto ainda trazia um suave sorriso de felicidade e seus olhos negros fitavam o alto da palmeira que estava carregada de frutinhos escuros.
Então o cacique mandou que apanhassem os frutos e percebeu que dele se podia extrair um suco violáceo quando amassado, que passou a ser a principal fonte de alimento daquela tribo. Este achado fez com que o cacique suspendesse os sacrifícios e as crianças voltaram a nascer livremente, pois a alimentação não era mais problema naquela tribo. Em agradecimento a Tupã e em homenagem a sua filha, o cacique deu o nome de Açaí aos frutinhos encontrados na palmeira, que é justamente o nome de Iaça invertido.

sábado, 5 de maio de 2007




Sou areia de praia deserta,
beijada p’lo mar.
Viajo nas asas do vento,
só para te acariciar.
E essas caricias que te roubo,
faҫo-as perpétuar,
Numa masmorra de fogo,
suspensa p’las nuvens no ar.
E p’ra lá dessa masmorra,
esse outro solar,
espera-me sorrindo,
línguas de mar.
Seus olhos de Sol,
refletem a cor da lua.
E em seus braҫos me entrego.
Qual virgem flor,
completamente nua.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Vaguear



Vagueio na solidão da floresta
que é a minha alma.
Como musa num poema
desnudo meu corpo, vestido
de malva e pena.
Mato minha sede com gotas
de orvalho e cetim.
É numa cor de rosa que
invento o amor ,
nos braҫos da paixão,
escrevo em prosa uma epopeia,
Que oferto a dor.
E num labirinto, perco-me
para sempre, embalada p’lo mar
adormeҫo no seu ventre.
Nas ondas pinto de mansinho,
O teu nome amar.

Check out my Slide Show!

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Dobram os sinos



Sinto minh’alma chorar.
Dobram os sinos
Reina a útopia,
Voltas p’ra mim, linda,
Com’o nascer do dia.
Dobram os sinos
Acordo, tudo foi ilusão.
Sonho enfadonho,
Pesadelo amargurado.
Dodram os sinos
Quase nao me posso erguer.
Dobram os sinos
E uma camélia branca
No chão acabou de morrer!


Aí que saudades de chorar
As lágrimas dos choros
hà muito esquecidos.
Derramados há sombra
nos sulcos dos salgueiros
e olhos no infinito.
onde o serpentear do rio
se alongava no lusco-fusco
dando de beber aos vimeiros.
E eu qual cobra prateada
escondida em seu covil
me escondia no ventre da posia
acompanhada pla solidaõ
bafejada pla má sorte
eu era a própria poluiҫão
filha d’um qualquer Deus , castrado
mutilado, sem perdão
munida da destreza
de ser verdade razão
matar a minha sede de pertencer
transbordando útopia
essa fiel, ilusão
que me dá falsa alegria
arruina meus sentidos e me empresta esta ansia;
de MORRER, moorreeerrrrr...de luto paixao.